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Pentágono se Aproxima de Capacidade Total no Escritório de Investigação de Fenômenos Aéreos Anômalos


 O Escritório de Análise e Resolução de Anomalias de Diversos Domínios (AARO), uma iniciativa pioneira do Pentágono, está prestes a alcançar sua Capacidade Operacional Total (FOC) até 30 de setembro de 2024, o que coincide com o fim do ano fiscal, conforme revelado pelo DefenseScoop na última terça-feira.

Este escritório foi estabelecido em julho de 2022 pela vice-secretária de Defesa dos Estados Unidos, Kathleen Hicks. Representa o mais recente esforço do Departamento de Defesa para centralizar as investigações sobre os Fenômenos Aéreos Anômalos Não Identificados (UAP), que representam uma potencial ameaça à segurança nacional dos EUA. Embora nas últimas décadas tenham existido iniciativas mais discretas no DOD para estudar tais fenômenos – comumente associados a OVNIs –, a AARO ganhou mais visibilidade e apoio financeiro em comparação com seus predecessores.

O Congresso dos EUA, demonstrando grande interesse neste assunto, impôs uma vigilância rigorosa sobre a AARO. Foram designadas responsabilidades específicas para garantir uma maior transparência em relação a este tema, que até então era considerado tabu. Entre as obrigações atribuídas à AARO, está o desenvolvimento de mecanismos seguros para que tanto funcionários atuais e antigos do DOD, quanto eventualmente o público em geral, possam relatar possíveis UAPs para análise.

Um dos focos principais da AARO em 2023 foi a elaboração e envio do documento de estruturação da unidade visando a FOC. Em agosto, Hicks expressou seu entusiasmo com a perspectiva de que o escritório atingisse este status no ano fiscal de 2024, embora não tenha especificado uma data exata.

Segundo Sue Gough, porta-voz do Pentágono, que falou ao DefenseScoop por e-mail, "a AARO está finalizando o processo de contratação para suas posições autorizadas no ano fiscal de 2024 e está empenhada em providenciar instalações adequadas para sua equipe em expansão. Atualmente, está tudo encaminhado para que a AARO alcance a FOC até o final do ano fiscal de 2024."

Gough também mencionou, em dezembro, que o escritório, ainda em fase de crescimento, já contava com mais de 40 funcionários do DOD. Essa informação veio à tona ao mesmo tempo em que Sean Kirkpatrick, o primeiro diretor da AARO, se aposentou, passando a liderança para o novo chefe interino, Tim Phillips.

Nos últimos meses, a AARO tem adicionado novos recursos ao seu site oficial, incluindo rastreadores de balões e satélites, bem como artigos de pesquisa recomendados sobre drones esféricos e sistemas avançados de propulsão.

Quando questionada sobre quais seriam os requisitos para a AARO operar na FOC, Gough não forneceu detalhes específicos. Ela enfatizou que "a AARO espera atingir plenamente suas capacidades de detecção, identificação e atribuição de UAPs em ou próximo a instalações militares, áreas operacionais, zonas de treinamento, espaços aéreos especiais e outros locais de interesse.

No panorama da defesa e segurança nacional, a plena operacionalização da AARO representa um marco significativo. A iniciativa não apenas simboliza o compromisso dos Estados Unidos com a segurança em seus domínios aéreos, mas também reflete uma mudança de paradigma no modo como o país aborda e gerencia fenômenos aéreos misteriosos e, por vezes, inexplorados.

Ao mesmo tempo, a AARO surge como um canal de comunicação aberto e transparente, contrastando com as operações mais sigilosas do passado. Isso não só fortalece a confiança pública no manejo desses enigmas aéreos, mas também encoraja uma colaboração mais ampla e uma partilha de informações, tanto entre os membros do DOD quanto com a população civil.

A expectativa em torno da AARO e sua capacidade de desvendar mistérios relacionados aos UAPs é alta. Seus avanços e descobertas poderão não apenas esclarecer fenômenos há muito tempo debatidos, mas também potencialmente impulsionar avanços tecnológicos e estratégicos significativos para a defesa dos EUA.

Enquanto a AARO se aproxima de sua Capacidade Operacional Total, o mundo observa com expectativa. As implicações de suas descobertas e análises poderão ter um impacto profundo não apenas na segurança nacional, mas também na compreensão científica e na imaginação popular a respeito dos misteriosos fenômenos aéreos anômalos que há tempos povoam o céu e a curiosidade humana.